Na Resolução aprovada por unanimidade, no dia 18 de Dezembro 2020, a UGT expressou "a sua apreensão e o seu desagrado face à secundarização da concertação social, sobretudo na área do trabalho" e também no processo de discussão do salário mínimo nacional.
A central sindical defendeu que a concertação social não pode ser o "repositório de discussões (audições) menores" ou estar sujeita à ordem de trabalhos que o Governo "lança na comunicação social".
No documento, a UGT assegurou ser necessário dinamizar a negociação colectiva, acrescentando que a redefinição dos níveis salariais, a organização do tempo de trabalho e as condições de prestação do mesmo são temas com importância acrescida.
Por outro lado, considerou que a reestruturação da TAP "não pode passar ao lado" dos trabalhadores e sindicatos, notando que, a ser implementado, o plano de reestruturação deve ter como objectivo principal a preservação dos postos de trabalho.
A UGT garantiu também estar solidária com os trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), cujas funções não podem ser "arma de arremesso político", apelando a um "grande esforço de análise reflexão" a rodos os que intervêm na reestruturação desta autoridade.
No texto é vincada a intenção de continuidade na negociação dos salários da Administração Pública, apontando como "essencial" a diferenciação entre salário mínimo e remuneração de entrada na função pública.
Ao Executivo de António Costa, a UGT pediu medidas para travar o aumento das desigualdades de género, face ao impacto socioeconómico da Covid-19, bem como a valorização das carreiras dos quadros e técnicos superiores.
Já no que se refere à presidência portuguesa da União Europeia, a UGT espera que o Governo "continue a incentivar" o diálogo social e a participação dos trabalhadores.
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